quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Estava à tua espera

Estava à tua espera
desde o começo do mundo
no sentido da água dos indícios do fogo

pousaste o olhar
na luz que tardava
e em redor a neve ardeu

havia uma casa
um endereço uma magnólia incendiada
e nada alterou o itinerário das aves

estava à tua espera
desde o começo do mundo
na despedida dos anjos
no rumor matinal de Abril

com parcimónia escrevo
num talento breve e ao abrigo da noite
as razões desta areia iluminada.

Fernando Jorge Fabião

2 comentários:

Manuela Caeiro disse...

Lindo este poema...
Estou a ouvir Ennio Morricone (na Arena de Verona... onde passei... que fotografei...) e lendo lindas poesias... Graças a ti!
Assim me redimo de ter atravessado o Dia da Música, o Dia do Professor, cada um dos vulgares dias de Outubro... "parada", sem escrever nada...
Foi o regresso ao trabalho, claro!... Cá estou, até que a cga me despache! :-)))
Dá notícias!
Um xi-coração!

clio disse...

Olá, Manuela!

Aqui estou eu a escrever a caminho das 2h da manhã, depois de um dia repleto de emoções.

Presentes e ausentes...
todos unidos no Amor ao Ensino.

Beijinhos.