Fernando Pessoa conviveu com este rio... e Alberto Caeiro, certo dia, escreveu...:
O TEJO É MAIS BELO
«O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios E navega nele ainda, Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está, A memória das naus. O Tejo desce de Espanha E o Tejo entra no mar em Portugal. Toda a gente sabe isso. Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia E para onde ele vai E donde ele vem. E por isso porque pertence a menos gente, É mais livre e maior (...)»
E eu, que fui adoptada por esta terra, acho este grande, livre... gosto de o cruzar, de barco... e acho-o belo e incomparável...
De 1999 a 2005 cruzei-o todos os dias da semana. Não de barco. De comboio (entrava no Pragal, saía em Entrecampos e depois era só uma estação de metro até à Cidade Universitária). O nascer e o pôr-do-sol, o sol do meio-dia, a noite... sempre iguais, sempre diferentes... vistos da Ponte. Nem o hábito fez com que eu deixasse de os apreciar em cada dia. Também é verdade que, não raras vezes, aproveitava aqueles cerca de 15 min. de comboio para um pequeno sono... ou uma leitura... ou um apontamento... Mas o Tejo sempre ali... o meu Tejo. O nosso! :)
2 comentários:
Fernando Pessoa conviveu com este rio... e Alberto Caeiro, certo dia, escreveu...:
O TEJO É MAIS BELO
«O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior (...)»
E eu, que fui adoptada por esta terra, acho este grande, livre... gosto de o cruzar, de barco... e acho-o belo e incomparável...
De 1999 a 2005 cruzei-o todos os dias da semana. Não de barco. De comboio (entrava no Pragal, saía em Entrecampos e depois era só uma estação de metro até à Cidade Universitária).
O nascer e o pôr-do-sol, o sol do meio-dia, a noite... sempre iguais, sempre diferentes... vistos da Ponte. Nem o hábito fez com que eu deixasse de os apreciar em cada dia. Também é verdade que, não raras vezes, aproveitava aqueles cerca de 15 min. de comboio para um pequeno sono... ou uma leitura... ou um apontamento... Mas o Tejo sempre ali... o meu Tejo. O nosso! :)
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