sábado, 21 de março de 2009

Perdidamente



Trovante, Perdidamente, 1999

1 comentário:

Anónimo disse...

Alguma vez imaginou a Florbela Espanca este sucesso para os seus versos, para a sua poesia? Que alguma vez fosse cantada pelos Trovante e até mesmo em fado, pela cantora Teresa Tarouca?

Se ela soubesse como viria a ser apreciada e compreendida (por alguns), talvez não se tivesse suicidado tão nova.

Foi uma poetisa (não, não me envergonho de empregar esta palavra nem a considero pejorativa, como muita gente considera; é a palavra correcta e não há nada de errado nela: é só o feminino de "poeta") segregada das elites culturais do seu tempo. Ainda hoje há quem tenha pudores e reservas em afirmar algum gosto ou simpatia pela sua obra, como se gostar de Florbela fosse sinónimo de alguma limitação intelectual. Enfim... São opiniões.

Florbela foi diferente de muita boa poesia do seu tempo, de facto. Mas muitas coisas boas e diferentes podem coexistir na mesma época. Não existirá apenas uma coisa boa, apenas uma arte meritória do nosso aplauso. Existirão várias, que não têm de, forçosamente, ser iguais ou parecidas.

Beijinhos.